Do governo Floriano Peixoto ao regime militar iniciado em 1964,
escritores brasileiros espelharam, sob riscos de prisão, tortura e
morte, os impasses do país!
Se a história mantém em nossa memória o registro de regimes autoritários
em suas datas e listas de nomes, é na literatura que muitas vezes
sobrevive o aspecto humano e pessoal das tragédias que esses governos
desencadeiam.
Num país como o Brasil, que viveu sua vida política no século 20 sob o
comando e constante ataque e intervenção de militares, e onde a
democracia era a exceção, não a regra, é através dos romances e poemas
de homens e mulheres que se opuseram a esses regimes que hoje podemos
abordar o cotidiano de medo daqueles tempos.
Muitas vezes distantes no tempo para as gerações mais novas, a história
tende a tornar abstratos os sofrimentos reais – físicos e emocionais –
dos que estiveram sob suas torturas, tanto físicas como emocionais.
Na sequência de intervenções militares que destituíram governos eleitos
para instituir longos regimes de tortura e perseguição, a literatura
brasileira foi se formando com constantes intervenções da parte de seus
escritores no desenrolar sangrento dos acontecimentos.
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